Lentes de Contato e Astigmatismo
As lentes de contato têm, ao longo dos anos, sido utilizadas como excelentes recursos ópticos para a correção dos erros refracionais oculares. No princípio, apenas se utilizavam materiais rígidos para sua confecção, desde o vidro nas primeiras lentes idealizadas, até os modernos polímeros com com alta permeabilidade ao oxigênio desenvolvidos nos dias de hoje. Em 1963, Otto Wichtterle apresentou as primeiras lentes hidrofílicas (gelatinosas), o que aumentou consideravelmente o número de usuários de lentes de contato em todo o mundo devido principalmente ao seu conforto e facilidade de adaptação. Uma das limitações para o emprego do material hidrofílico consistia na sua incapacidade de corrigir o astigmatismo. Atualmente já dispomos, para esse fim, de lentes gelatinosas tóricas.
Quase 60% da população brasileira tem astigmatismo, número superior à média mundial. Apesar de tantos casos, apenas 22% das lentes de contato adaptadas são tóricas1,2. A falta de astigmatismo na correção pode ser responsável por desconforto ao usar aparelhos eletrônicos como computadores e smartphones, por diminuir a velocidade de leitura em até 24% e por reduzir a performance no trânsito ao dirigir3.
Existem várias alternativas para a correção do astigmatismo com lentes de contato, o uso de lentes de contato gelatinosas tóricas pode resultar em boa correção óptica, conforto e saúde ocular. A escolha de um sistema de estabilização adequado e de uma lente confortável auxilia na rápida adaptação do paciente.
Notas de Rodapé
REFERÊNCIAS:
Sulley A. Getting comfortable with deposits. Optician 2015; 250: 6522 20-22
2024PP04879